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Cuiabá tem 48,7% das áreas de preservação às margens dos rios ocupadas por construções

Cuiabá tem 48,7% das áreas de preservação às margens dos rios ocupadas por construções
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Outros 51,26% estão preservadas e cobertas por vegetação.

Da Redação

Um estudo feito pela instituição MapBiomas aponta que Cuiabá tem 48,7% das Áreas de Preservação Permanente (APPs) às margens dos rios e córregos ocupadas por construções. Outros 51,26% estão preservadas e cobertas por vegetação.

A pesquisa analisou imagens via satélite entre 1985 e 2020. Em todo o país, a ocupação das APPs às margens dos rios dobrou no período analisado. As áreas cobertas por construções a pelo menos 30 metros dos corpos hídricos dentro de cidades passaram de 61,6 mil hectares em 1985 para 121 mil hectares em 2020, no Brasil.

Apesar disso, segundo a pesquisa, mais de 70% dessas áreas ainda estão preservadas.

De acordo com a instituição, os resultados foram favoráveis no levantamento feito em 17 municípios que compõem a Amazônia Legal, sendo Cuiabá (MT), Rio Branco (AC), Belém (PA), Boa Vista (RR), Palmas (TO) e Manaus (AM) e na Bacia do Paraná, Brasília

(DF), Campinas (SP), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Londrina (PR), Ribeirão Preto (SP), Santo André (SP), São Bernardo do Campo (SP), São Paulo (SP) e Sorocaba (SP).

Conforme a pesquisa, 82% das APPs hídricas urbanas não estão ocupadas por construções ou infraestrutura nesses municípios, o que representa 48.924 ha cobertos por vegetação ou água em 2020. 

Apesar de ter quase metade das áreas de preservação ocupadas por construções, a capital mato-grossense está entre as cinco cidades com maior cobertura de vegetação (51,26%), junto com Goiânia (74,93%), Campo Grande (65,43%), Belém (52,77%) e Curitiba (52,25%).

Já as menores taxas foram encontradas em São Bernardo do Campo (13,06%), Manaus (16,48%), Santo André (17,01%), Boa Vista (17,28%) e Campinas (22,37%). 

Riscos

Os pesquisadores responsáveis pelo estudo afirmam que os dados são preocupantes, pois essas construções e infraestruturas às margens dos rios e córregos podem comprometer a qualidade e aumentar a vazão da água, contribuindo para enchentes no período das chuvas.

A instituição diz ainda que, com o agravamento da crise climática, que está afetando a regularidade e o volume das chuvas, a preservação das áreas sem construções no entorno de corpos hídricos torna-se crítica para a segurança das pessoas e para a qualidade ambiental.

Atualmente, a responsabilidade de proteger essas áreas é das prefeituras que, desde o final de dezembro do ano passado, receberam o poder de regulamentar as faixas de restrição à beira de rios, córregos, lagos e lagoas nos seus limites urbanos.

Em janeiro deste ano, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) sancionou a lei que proíbe a instalação de Usinas Hidrelétricas (UHEs) e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) às margens do Rio Cuiabá.

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