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O segredo da transição verde

O segredo da transição verde
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Sempre há segredos que a maioria desconhece.

Por Gil Reis*

Quando um imóvel é construído às pressas com a finalidade de enganar potenciais compradores para auferir grandes lucros sempre restam goteiras no telhado. Estou me referindo às políticas climáticas, às propostas de mitigação e ao marketing ideológico representado por três letrinhas – ESG. Os potenciais compradores somos todos nós e quem lucra são os promotores do terrorismo climático. Para os crentes na nova ideologia ambientalista o que venho afirmando em vários artigos é pura heresia.

Felizmente não estou sozinho, existem outros, inclusive, mais próximos da arena criadora e dos centros de decisão. É o caso de David Blackmon, escritor e consultor de energia baseado no Texas. Ele passou 40 anos no negócio de petróleo e gás, onde se especializou em políticas públicas e comunicações, cujo artigo, publicado em 17/5/2023, “O chefe da UE apenas deixou escapar o segredo sujo por trás da transição verde” causou enorme impacto no mundo, naturalmente não foi divulgado para os brasileiros, que transcrevo alguns trechos.

Em um discurso em 15 de maio para um evento patrocinado pela UE apropriadamente intitulado ‘The Beyond Growth Conference’, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, disse em voz alta o que o movimento de alarme climático vem tentando manter em segredo há uma década: essa crise econômica o crescimento imposto por governos autoritários é um elemento fundamental de sua agenda.Von Der Leyen não deixou escapar, é claro: foi tudo expresso em palavras e frases de código cuidadosamente escritas, mas uma leitura atenta de seu discurso não deixa espaço para dúvidas sobre a mensagem. Na sua opinião – e aparentemente na opinião do Parlamento Europeu – chegou a hora do decrescimento econômico.

Hoje quero me concentrar em um ponto, e esse é um ponto que o relatório acertou sem sombra de dúvida: essa é a mensagem clara de que um modelo de crescimento centrado em combustíveis fósseis é simplesmente obsoleto’, disse Von Der Leyen a seu público extasiado, antes de passar para uma referência ao Clube de Roma e seu famoso relatório de 1972 intitulado ‘Limits to Growth’. Esse relatório serviu como um manual básico para o movimento de decrescimento desde então.

‘Há 50 anos’, continua ela, ‘o Clube de Roma não podia prever completamente, por exemplo, o potencial do hidrogênio verde. Não poderia imaginar que poderíamos dirigir os carros elétricos de hoje. Pode não ser capaz de ver o futuro que teríamos, por exemplo, com baterias das quais podemos reciclar 95% de lítio, níquel e cobalto. Não é o procedimento diário hoje, mas somos capazes de fazê-lo. Mas já há 50 anos, o relatório ‘Limits to Growth’ reconheceu que, embora o crescimento baseado em fósseis fosse insuportável para o planeta, a humanidade poderia conceber um modelo de crescimento diferente ‘que seja sustentável no futuro’.

Tendo estabelecido essa base, Von Der Leyen então mudou para uma admissão cheia de palavras-código de que o movimento tem tudo a ver com a promoção de uma forma autoritária de socialismo, referindo-se repetidamente ao que ela chama de ‘economia social de mercado’ da Europa, ou seja, uma economia que é centralmente planejado. Ela está tão empenhada em incorporar essa terminologia na mente coletiva da UE que a emprega cinco vezes em cerca de 150 palavras:

Nossa bússola neste esforço são os valores de longa data – os verdadeiros valores, se você entender direito – da economia social de mercado europeia. Nossa economia social de mercado nunca foi exclusivamente sobre crescimento econômico. Sempre foi sobre o desenvolvimento humano. Nunca teve como único objetivo a eficiência do mercado e a liberalização. Ao contrário: a economia social de mercado funciona no interesse do trabalhador e da comunidade. Abre oportunidades, também para estabelecer limites muito claros. Recompensa o desempenho, mas também garante proteção para os grandes riscos da vida. Além do crescimento, concentra-se em bens públicos como saúde, educação e habilidades, direitos dos trabalhadores, segurança pessoal, engajamento cívico e governança – boa governança. A nossa economia social de mercado, se acertar, incentiva todos a se superarem, mas também cuida da nossa fragilidade como seres humanos. Os valores da economia social de mercado têmnos impulsionado desde o início do mandato desta Comissão.’

Mas isso melhora. Quase em seu próximo suspiro, ela admite francamente que a resposta de seu governo à pandemia do COVID-19 não foi sobre saúde pública, mas sobre o que o Fórum Econômico Mundial chama de ‘O Grande Reinício’, um esforço para transformar economias baseadas em mercados livres a sistemas controlados administrados por governos autoritários.

Primeiro, quando a pandemia nos atingiu. Nosso Plano de Recuperação, Next Generation UE, concentrou-se não apenas em reiniciar nossas atividades econômicas após os bloqueios, mas também em transformar nosso modelo econômico. Com um impulso para descarbonizar indústrias, energia e transporte. Com ênfase em habilidades digitais e infraestrutura digital. Com novos investimentos para escolas e hospitais. Além do crescimento, Next Generation EU cuida do futuro da próxima geração.’

Não se trata apenas de um grupo autoritário de planejadores centrais do governo gerenciando todas as facetas de suas vidas diárias, trata-se do desejo deles de ‘cuidar’ de você. Embora expresso em linguagem cuidadosamente codificada, este discurso é uma admissão bastante franca de que o que esses governos ocidentais fizeram suas populações desde 2020 foi sobre uma coisa: controle e forçar todos nós a viver vidas menores e menos prósperas sob o jugo de um sistema autoritário de governo. Em 2020, a justificativa para tudo isso foi o COVID-19; hoje, a justificativa é a mudança climática. Antes de segunda-feira, o decrescimento era a parte silenciosa do movimento de transição energética. Após o discurso de Von Der Leyen, parece prestes a se tornar a peça central. Que discurso extraordinário foi esse.

Espantosa a análise e revelações de David Blackmon. A grande arma desenvolvida para enganar o mundo foi a criação da fé na pregação. Os pregadores do ‘ambientalismo desvairado’ desenvolveram o medo nas pessoas utilizando o terrorismo climático com a finalidade de disseminar pelo mundo ocidental a ‘economia social de mercado’ que estão tentando implantar nos países que fazem parte da União Europeia. Sempre o ‘velho mundo’ tentando retomar o protagonismo da história.Aqui, sentado diante de meu computador fico perplexo como o contágio da ideologia de controle dos seres humanos já começou a invadir o nosso país.

Como cantava a Wanderléa na música ‘pare o casamento’ – Por favor, pare agora! Parafraseando a letra da música quero enviar uma mensagem a todos os brasileiros – por favor, parem de apenas pensar, vamos todos raciocinar antes que sejamos todos contaminados por essa ideologia espúria pregada por pessoas simpáticas e bem falantes com pose de sábios com os discursos bem embalados em papel de presente.

“Fé é a adesão de forma incondicional a uma hipótese que a pessoa passa a considerar como sendo uma verdade sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que se deposita nesta ideia ou fonte de transmissão” – Wikipédia

*Consultor em Agronegócio

 

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