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Política

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O momento é adequado para refletirmos sobre política 

Por – Gil Reis Consultor em Agronegócio.

Naturalmente não enveredarei pelo tema partidário, que não é a minha praia, e sim pelo conceito de política e suas nuances. Cada vez mais o nosso país mergulha na partidarização, o tema está na ‘crista da onda’ e virou assunto de conversa de todos os bate papos como se no Brasil fosse pobre em atividades ‘socioculturais’, o que não é verdade.

É preciso que todos entendam e reflitam sobre o tema política. Este artigo se destina a jogar um ‘filete’ de luz sobre o assunto. No site “POLITIZE”, em 17/03/2021 foi publicado o artigo “O que é política? ”, de autoria de Luiz Andreassa que traz algumas informações e que transcrevo alguns trechos:

“Dos filósofos aos cientistas políticos, não foram poucos os que tentaram dizer o que é política. Para tornar mais fácil essa missão, vamos reunir e explicar alguns dos principais significados que a palavra assume em nossa sociedade atual, mas sem esquecer do passado. A palavra “política” é derivada do termo grego “politikos”, que designava os cidadãos que viviam na “polis”. “Polis”, por sua vez, era usada para se referir à cidade e também, em sentido mais abrangente, à sociedade organizada. Onde quer que haja duas ou mais pessoas, haverá a necessidade de definir regras de convivência, limites de ação e deveres comuns. A política acontece justamente no ato de existir em conjunto.

Dessa forma, a origem da política remonta à participação na comunidade, à vida coletiva. Bem diferente do que se costuma pensar sobre a política como algo limitado aos políticos profissionais e longe do nosso cotidiano. O filósofo grego Aristóteles definiu o ser humano como um animal político, ou seja, um ser que inconscientemente busca a vida em comunidade, porque suas necessidades materiais e emocionais só podem ser satisfeitas pela convivência com outras pessoas.

Além disso, o animal político se diferencia dos outros bichos pela sua capacidade de se comunicar em nível complexo, diferentemente de outras espécies. Por meio da linguagem, o humano pode trocar ideias, imaginar o futuro e criar regras para compartilhar o mesmo espaço. A política, para Aristóteles, começa no seio familiar, na convivência entre familiares, e depois se expande para o resto da sociedade. A não ser que você seja um eremita (um indivíduo que foge completamente do convívio social), não conseguirá escapar da política.

Se para Aristóteles o “politiko” era o cidadão que participava da vida pública, essa palavra tem outro sentido hoje em dia. Diferentemente da Grécia Antiga onde vivia o filósofo, na qual os cidadãos podiam participar diretamente das decisões da cidade, a sociedade atual é composta por um número muito maior de pessoas e, consequentemente, de problemas e necessidades muito mais complexos.

Por isso, ao invés de votar diretamente em cada tema de interesse público, nas democracias modernas, nós votamos em pessoas encarregadas da administração pública. Essas pessoas se dispõem a representar nossas ideias e interesses, de forma que possamos participar indiretamente das decisões coletivas. A forma mais comum de pensar a política é justamente a atividade da gestão do Estado, do orçamento público e das decisões coletivas. Quando pensamos em políticos, logo imaginamos os prefeitos, governadores, presidentes, deputados, senadores etc.

Tendo em vista que a palavra política se refere, por definição, àquilo que é público, pode ser uma redundância pensar em “políticas públicas”. Porém, esse termo é bastante usado e fundamental para pensarmos o tema. A função dos políticos é identificar e resolver os problemas e necessidades da sociedade. Para tal, fazem uma análise de cada situação, muitas vezes com a ajuda de especialistas no assunto e da própria sociedade civil, e montam um plano para agir. Essa atuação é o que chamamos de política pública. Para deixar o conceito mais palpável, podemos citar exemplos como: programas de redistribuição de renda, fornecimento de serviços de saúde e educação, estratégias de segurança pública, entre outros. Para resumir em uma frase: a política pública é a política sendo colocada em prática, de forma a impactar a vida dos cidadãos aos quais ela é direcionada.

Sem uma apresentação mais profunda à política e todos os seus significados, tendemos a achar que ela se resume à atuação dos políticos e seus partidos. Essa atuação, por sua vez, chega até nós muitas vezes por meio de escândalos de corrupção divulgados pela imprensa. Dessa forma, a palavra passa a ser associada a uma prática negativa e chega a ganhar uma variação: politicagem, a política praticada longe dos ideais mais nobres. Os políticos, por consequência, são vistos como indivíduos interessados apenas em se aproveitar dos recursos públicos.

Essa concepção gera vários efeitos deletérios. Para começar, os cidadãos tendem a rejeitar a política institucional, ou seja, aquela praticada por políticos no âmbito do Estado. Esse afastamento dá mais liberdade a atores descompromissados com o interesse público. Quebra-se, assim, a confiança dos cidadãos em relação à classe política, como acontece no Brasil, onde pouco mais de um terço da população diz acreditar no Congresso Nacional”.

Após lido o artigo preciso esclarecer que não pretendo defender políticos ou partidos neste momento que se aproximam as chamadas eleições majoritárias onde os cidadãos brasileiros irão escolher os gestores da nossa Nação pelos próximos 4 anos. O voto é um ato político que consolida a Democracia. Deixar de votar é a renúncia à Democracia. Este artigo é um alerta para que todos pensem bem e raciocinem bem sobre o cidadão candidato que escolherão. Por favor investiguem e apelem para a memória, uma vez que o bom candidato não é aquele que faz discursos bonitos e sim aqueles que cumprem as promessas feitas para o futuro ou cumpriram as promessas no passado.

Os eleitos pelo chamado ‘voto popular’, voto do povo, ou seja, todos nós que fazemos do país Brasil uma Nação, e mais, é preciso entender que os que elegemos são nossos representantes e falam por nós. O voto é uma procuração com pleno poderes para atuar na gestão dos bens públicos e em caráter irrevogável e irretratável. Tenho ouvido queixas contra as instituições da Republica, para que todos entendam uma instituição comparo com um automóvel que é um veículo sem vida própria e depende de quem o dirige. As queixas contra o Congresso Nacional são indevidas, caso o cidadão não goste da atuação do parlamentar que ele ou outro elegeram se queixe do parlamentar e não do congresso, sob pena de misturar o joio ao trigo, o alho com bugalhos.

Não esqueçam que o voto é o instrumento que por excelência que torna a todos iguais independentemente de classe social, posses, atividades, profissões, religião, ideologia, sexo e cor. Todos os brasileiros nas eleições que se aproximam têm apenas 1 voto.

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