
Secas versus fome
A história do nosso planeta desmente as teses das alterações climáticas produzidas pelos seres humanos
Por – Gil Reis Consultor em Agronegócio.
É extremamente cansativo ficar denunciando a ignorância alheia. Seria total perda de tempo se tal ignorância não prejudicasse a humanidade embasando toda a campanha do terrorismo climático, nos fazendo crer que as alterações climática são uma enorme novidade produzidas pela intervenção humana no nosso planeta. A falta de conhecimento espontânea ou proposital tem promovido medidas extremas contra todo o processo civilizatório. A divulgação de inverdades para que acreditemos que a evolução humana será a causadora a destruição do planeta terra que nos acolheu e é o nosso lar.
Já dizia Sir Isaac Newton em carta para Robert Hooke – “Se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigante”, relatando a contribuição de sábios do passado às suas descobertas. Nós articulistas independentes que integramos o que denominei de ‘a resistência’ não tivemos necessidade de estar sobre os ombros de gigantes. A nós bastou nos aprofundarmos na cansativa tarefa de estudar a história do nosso planeta e a universal sobre a caminhada da humanidade através das eras.
O mundo começa a acordar, superando o pânico inicial, e contestando as teses emanadas do braço ambiental da ONU, é o que demonstra um dos ilustres veículos de comunicação integrante da mídia ocidental – BBC News Mundo em artigo de autoria de Cristina J. Orgaz, reproduzido em 10/08/2022 pela BBC News Brasil sob a manchete “As sinistras ‘pedras da fome’ reveladas em rios da Europa após período de seca”. Seguem partes do texto:
“A Europa está vivendo uma seca que tornou visíveis as chamadas ‘pedras da fome’ — um aviso sinistro do passado pressagiando períodos de miséria. Comuns na Europa central, as ‘pedras da fome’ são rochas nos leitos dos rios que só são visíveis quando os níveis de água estão extremamente baixos. Populações que viviam entre os séculos 15 e 19 onde hoje estão países como Alemanha e República Tcheca deixaram marcos nessas pedras com mensagens sobre as catástrofes desencadeadas pela falta de água e lembranças das dificuldades sofridas durante as secas.
A inscrição mais antiga encontrada na bacia do rio Elba (que nasce na República Tcheca, corre pela Alemanha e deságua no Mar do Norte) data de 1616 e está em alemão. Ela diz wenn du mich siehst, dann weine, que pode ser traduzido para o português como ‘se você me vir, chore’. Essa pedra específica é particularmente famosa porque os habitantes da região esculpiram as datas de secas severas em sua superfície. De acordo com um estudo publicado em 2013 por uma equipe tcheca, os anos 1417, 1616, 1707, 1746, 1790, 1800, 1811, 1830, 1842, 1868, 1892 e 1893 podem ser lidos na pedra.
Na cidade de Pirna, na Alemanha, há um registro nos arquivos da cidade que aponta a existência de uma pedra com o ano 1115 gravado, mas a localização exata desse marco não é mais conhecida. ‘A vida florescerá novamente quando esta pedra desaparecer’, diz outra das rochas esculpidas. ‘Quem uma vez me viu, chorou. Quem me vê agora vai chorar’, está gravado em outra. ‘Se você vir essa pedra de novo, vai chorar. A água estava baixa até aqui no ano de 1417’, diz outra.
No passado, a área da Europa Central, que inclui partes da Alemanha, República Tcheca, Eslováquia, Áustria e Hungria, dependia das terras férteis ao longo das margens dos rios para produzir alimentos. A seca arruinava as plantações e tornava difícil ou impossível a navegação nos rios por onde chegavam alimentos, suprimentos de todos os tipos e carvão para cozinhar, ameaçando o sustento das famílias que viviam ao longo da margem dos rios. Então, depois das secas, vinham as fomes – por isso as pedras são conhecidas como hungersteine (pedras da fome) na Alemanha.”
O artigo de Cristina J. Orgaz, veiculado pela BBC News Brasil, traz o desmentido claro e cristalino das teses emanadas do braço climático da ONU. Na maioria dos anos registrados nas ‘pedras da fome’ – 1115, 1417, 1616, 1707, 1746, 1790, 1800, 1811, 1830 e 1842 a humanidade era apenas uma mancha no mapa de 1/3 do planeta que vivemos. Os combustíveis fósseis sequer eram utilizados para produzir energia. O querosene começou a ser usado para a iluminação de ruas e residências em 1860. Naquela época, de cada 100 barris de petróleo extraíam-se 60 de querosene.
Em 1859, na Pensilvânia, nos Estados Unidos, foi perfurado o primeiro poço de petróleo do mundo por Edwin Drake, também chamado de Coronel Drake, que passou a ser o primeiro produtor de petróleo ao conseguir criar uma técnica para retirá-lo do subsolo. Nikolaus August Otto (Holzhausen an der Haide, 10 de Junho de 1832 — Colônia, 26 de Janeiro de 1891) foi o inventor do motor de combustão interna do ciclo de Otto (motor a álcool/gasolina). – Wikipédia.
Os rebanhos bovinos eram pequenos até passado recente, os maiores rebanhos de animais para o consumo de proteínas pelos seres humanos eram os bisões na América do Norte e Alces nas regiões próximas ao polo norte. Voltando à descoberta das ‘pedras da fome’, me causa muita estranheza a declaração do governo francês – “a França enfrenta a pior seca da história.” Quanto desconhecimento proposital da história do planeta e da caminhada da humanidade desde o seu surgimento! “As recordações são as sentinelas do cérebro” — William Shakespeare.