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Sem reunião com Bolsonaro, Tereza Cristina trata veto chinês à distância

Sem reunião com Bolsonaro, Tereza Cristina trata veto chinês à distância

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Ministra da Agricultura reclamou a interlocutores de não ter sido recebida pelo presidente Jair Bolsonaro para tratar da questão.

Fonte Veja

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, esperava ser chamada pelo presidente Jair Bolsonaro para discutir a crise da carne bovina aberta com a China e, a partir disso, ir até o país asiático negociar pela liberação do produto. A ministra, entretanto, reclamou a interlocutores que não foi recebida pelo chefe para discutir alternativas e, a partir disso, tenta solucionar o fim do embargo à distância. Com dois casos de “vaca louca”, o país asiático, maior comprador do produto brasileiro, colocou embargo para compra do produto brasileiro desde o dia 3 de setembro.

Os dois bovinos identificados com Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), o nome técnico da doença que pode contaminar humanos, foram casos específicos e isolados e não apresentam risco de surto. Porém, para seguir o protocolo sanitário entre os dois países, o Brasil comunicou os casos à China e iniciou o embargo autoimposto – como é praxe no contrato internacional. Tanto a China quanto os produtores brasileiros têm interesse em retomar o comércio do produto, porém há um atraso provocado pelos trâmites e protocolos burocráticos.

Por um lado, os chineses precisam rever a documentação e do outro os brasileiros precisam explicar o que ocorreu e mandar a documentação que sustenta estes argumentos. Tudo isso foi ainda agravado por dois feriados chineses que somaram 15 dias neste meio tempo. “As autoridades sanitárias precisam fazer essa avaliação com muito critério e muita seriedade. Nós vimos durante a pandemia da Covid-19 a preocupação deles com trabalhadores de frigoríficos, eles são bastante atentos ao tema de segurança sanitária”, diz Larissa Wachholz, especialista em relações comerciais sinobrasileiras e sócia da consultoria de investimentos Vallya.

Para o Brasil, por sua vez, a China é um cliente importante e rentável. Este ano, houve recorde de exportações de carne bovina para a China, com 177 mil toneladas vendidas em setembro. Com o embargo, o volume caiu bastante e o preço da arroba do boi no interior (15 kg do animal) caiu de 330 para aproximadamente 250 reais. Apesar de esta redução ainda não ter chegado no consumidor brasileiro, os especialistas estimam que a carne bovina deve ficar até 15% mais barata na gôndola. “O preço deve começar a recuar neste final de mês”, diz Vlamir Brandalizze, especialista em agronegócio da Brandalizze Consulting.

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