Teorias de conspiração

Não faz sentido semear pânico com meras proposições intelectuais de cientistas.
Por Gil Reis – Consultor em Agronegócio
Começarei este artigo, que felizmente não é partidário político, citando Erich Von Daniken, autor da obra “Eram Deuses os Astronautas?” onde não afirmava nada, apenas exibia fatos, que a seu ver, eram evidências que respondiam à pergunta título e nos confrontava com uma série de indagações. Esta é a tônica que pretendo seguir nas próximas linhas.
“Pois surgiu, nos horizontes da contemporaneidade, uma nova espécie de Gnose, que vai crescendo com o estudo do realismo fantástico, do “impossível”, do “absurdo”, do “anômalo”, do “incongruente”. (Mas quem não sabe que a Ciência oficial, vez por outra, tem criado obstáculos ao progresso científico? Quem não aprendeu que Galileu foi condenado? Édison apedrejado? Ford combatido? Santos Dumont menosprezado? Von Braun excomungado? Mendel marginalizado? … O Congresso da Sociedade para O Progresso da Ciência não chegou a declarar, em 1897, que o bisão desenhado na caverna de Mouthe, descrito pelo ilustre Emile Riviére, havia sido desenhado fraudulentamente pelo rapazelho dordonhês que descobriu a gruta…)” – Comentário do professor Flávio A. Pereira sobre a obra de Erich Von Daniken.
Ainda seguindo o mesmo caminho tenho que citar o renomado e respeitado cientista, que alguns conhecem, Isaac Asimov, autor de dezenas de obras científicas e do equivalente em obras de “ficção científica”, todas baseadas em ciência que, maioria não percebeu, se configuravam em ‘teses’. Asimov é alguém que jamais será esquecido, porquanto, nos presenteou com a descrição acurada dos robôs e o futuro provável da robótica. Além disso nos legou as inestimáveis ‘três leis da robótica’.
Asimov nos deixou outro legado na trilogia Fundação, eleita, em 1966, a melhor série de ficção científica e fantasia de todos os tempos, hoje na versão cinematográfica, onde o protagonista “Hari Sheldon” concebeu a “psicohistória” que afirma – o futuro de um ser humano é imprevisível, porém, o futuro das massas é, matematicamente, previsível. Tudo baseado em comportamento e crenças. Alguém duvida que cada um de nós está escrevendo o seu próprio futuro através das nossas escolhas baseadas em nossas crenças?
“A psicohistória pode ser considerada a partir de Seldon como a Sociologia quintessenciada, a ciência do comportamento humano reduzida a equações matemáticas. Enquanto indivíduo, o homem permanece imprevisível, mas as massas podem ser tratadas estatisticamente, de um modo muito parecido à forma com que hoje é encarado o problema da verdade científica.” Nota do editor de Fundação
Após esta longa introdução vamos ao escopo deste artigo – as teorias de conspiração. Até onde tais teorias são, realmente, teorias de conspiração? Naturalmente devem ser descartadas grande parte delas, todavia, será que na sua integralidade todas são meras teorias e não devemos estuda-las com mais profundidade? Será um comportamento de bom senso e coerente descartar de plano tudo que consideramos absurdo ou inviável baseado no conhecimento que temos hoje? Uma coisa é certa, o futuro de uma nação é consequência das escolhas daquele grupamento humano, embasado nas crenças dominantes.
Este artigo não pretende ser um tratado de psicologia, sociologia ou ideologia e sim expor as dúvidas de alguém que raciocina sobre os prováveis futuros da humanidade. Na medida que a idade avança indagações afloram em relação ao nosso conhecimento de hoje, afinal, é público e notório que os conhecimentos humanos, a cada dia, estão crescendo exponencialmente. O conhecimento tem origem na curiosidade humana e na dedicação de alguns aos estudos do desconhecido e das verdades absolutas enraizadas nas mentes que, normalmente, são derrubadas e superadas ao longo do tempo.
As minhas dúvidas e indagações não são originais, outros já possuem as mesmas duvidas e as expuseram. Simplesmente, faço coro a uma série de escritores, os autores de artigos são escritores que no passado eram cognominados de ‘escribas’, que tem tido a coragem de trazer a público o fruto de seus raciocínios correndo o risco de contestações, ironias e achincalhamento por leitores de mentes fechadas que preferem o conforto de suas próprias crenças inabaláveis mesmo que o céu despenque. As pessoas que divulgam os seus raciocínios ‘dão a cara a tapas’, é preciso coragem para assim proceder.
É preciso sempre relembrar que antes de qualquer salto evolutivo da humanidade surgiram pessoas ou grupos dispostos a impedi-lo. Vamos recordar o que diz o professor Flávio A. Pereira na sua citação que transcrevi acima: ‘Mas quem não sabe que a Ciência oficial, vez por outra, tem criado obstáculos ao progresso científico? Quem não aprendeu que Galileu foi condenado? Édison apedrejado? Ford combatido? Santos Dumont menosprezado? Von Braun excomungado? Mendel marginalizado?’. Pois bem, cada um dos nomes citados foi responsável por um salto evolutivo da humanidade.
A minha grande preocupação hoje é o comportamento da dita ‘ciência oficial’ com teorias que se assemelham às conspiratórias. Alguns cientistas, seja no caso da pandemia ou nas teses do IPCC, vem colocando a credibilidade da ciência em risco quando a maioria de suas teses, que eles mesmo afirmam ter ‘foros de verdade’, são contestadas e derrubadas. É absolutamente inadmissível que teses científicas sejam utilizadas como meros instrumentos de vidência. Creio que é chegada a hora de uma advertência séria aos tais cientistas de que eles são cientistas e não videntes. Que se mantenham nas teses que demonstrem apenas erros e façam proposições sem enveredar pelos caminhos da vidência. Não faz sentido semear pânico com a utilização de teses já que ‘tese’, do grego thesis, significa apenas proposição intelectual.
Preciso esclarecer que este artigo nasceu da remessa que me fez o amigo Marcos da Rosa de um impressionante vídeo com o título ‘Monopoly’, que pode ser assistido no Youtube e que nos faz raciocinar bastante sobre o que vem ocorrendo no mundo ocidental. O tal vídeo, que fico torcendo que seja uma ‘fake information’, desnuda o fato que todos nós somos meras marionetes cujos cordões são controlados pelos ‘mestres do jogo’. Assustador ter tal conhecimento sem poder mudar a realidade.
Alguém duvida que no século passado a humanidade deu um espantoso salto evolutivo e que estava se preparando para um novo salto? Porque será que os cientistas do IPCC criam argumentos para evitar um novo salto evolutivo da humanidade levando-a de volta à idade média com argumentos climáticos frágeis e uso de vidência? Será por tradição comportamental ou existem alguns propósitos obscuros?