Uma eterna vítima da cupidez

As riquezas da Amazônia sempre despertaram a cupidez internacional
Por Gil Reis – Consultor em Agronegócio
Durante anos venho chamando a atenção de todos do desejo de alguns países sobre a Amazônia e suas riquezas e as propostas de relativização da soberania da região.
Escrevi, ao longo do tempo, inúmeros artigos sobre o assunto e aproveitarei a boa vontade do editor para transcrever alguns trechos de um dos artigos que publiquei em julho de 2009 sob o título “Lute pelas florestas – Queime um brasileiro” que considero um dos mais marcantes pela seriedade das denúncias que podem ser confirmadas facilmente.
A ideia do artigo foi mostrar ao leitor a atitude, ao longo dos anos, dos governos, políticos e jornalistas estrangeiros com relação ao Brasil e à Amazônia, daí para frente é como diz o grande filósofo Millor Fernandes – “pensar é só pensar” – e eu complemento – “raciocinar é que são elas”. Vejamos então as denúncias que fiz à época da publicação.
– Em 1981, o Conselho Mundial das Igrejas Cristãs declarou que “a Amazônia é patrimônio da Humanidade, e que sua posse por países é meramente circunstancial.”
– Em 1983, Margareth Tacher “aconselhou as nações carentes de dinheiro a venderem seus territórios e fábricas.”
– Em 1984, o Vice-Presidente Al Gore dos EUA declarou que” Amazônia não é deles, é de todos nós.” Durante debates entre ele e Bush foi sugerida a troca de florestas tropicais por dívidas dos países que as possuem.
– Em 1985, o presidente Mitterrand declarou: “O Brasil deve aceitar Soberania relativa sobre a Amazônia”. – Mikhail Gorbachev declarou: “O Brasil deve delegar parte dos seus direitos sobre a Amazônia”.
– O 1º Ministro Inglês Major asseverou: “A Amazônia pode ensejar operações diretas sobre ela”. – O Gen Patrick Hugles dos EUA também disse: “Caso o Brasil no uso da Amazônia puser em risco o meio ambiente nos EUA, estamos prontos para interromper”.
“A Amazônia deve ser intocável, pois constitui-se no banco de reservas florestais da Humanidade”. Congresso de Ecologistas Alemães, 1990.
“Só a internacionalização pode salvar a Amazônia.” Grupo dos Cem, 1989, Cidade do México.
“A destruição da Amazônia seria a destruição do Mundo.” Parlamento Italiano, 1989.
“É nosso dever garantir a preservação do território da Amazônia e de seus habitantes aborígines para o desfrute pelas grandes civilizações europeias, cujas áreas naturais estejam reduzidas a um limite crítico.” Conselho Mundial de Igrejas Cristãs reunidas em Genebra, 1992.
Maurice Guernier, Secretário do Clube de Roma, em entrevista realizada em 27 de maio de 1980, declara – “A nossa chave para o poder é o movimento ecológico”.
O professor Thomas Lovejoy, biólogo americano, disse em uma entrevista:
– (…) o problema real é este nacionalismo estúpido e os projetos de desenvolvimento aos quais ele leva. (…) Os brasileiros – e eu sei disso de uma experiência de dezessete anos – pensam que podem desenvolver a Amazônia, que podem tornar-se uma superpotência. Vivem de peito estufado com isso. Portanto você tem que ser cuidadoso. Você pode ganhá-los com pouco. Deixe-os desenvolver a bauxita e outras coisas, mas reestruture os planos para reduzir a escala dos projetos de desenvolvimento energético alegando razões ambientais.
– é preciso infiltrar missionários e contratados, inclusive não religiosos, em todas as nações indígenas. Aplicar o plano de base das missões, que se coaduna com a presente diretriz e, dentro do mesmo, a aposição dos nossos homens em todos os setores da atividade pública, Conselho Mundial de Igrejas Cristãs reunido em Genebra, 1981.
– Pelos cálculos dos militares, existem no Brasil 250 mil ONGs e, desse total, 100 mil atuam na Amazônia. Outras 29 mil engordam o caixa com recursos federais, que somente em 2007 atingiram a cifra de R$ 3 bilhões. ,
A criminalização dos Amazônidas, via de consequência do Brasil, já está em andamento.
A partir de agora cabe ao leitor raciocinar, lembrando sempre que a Amazônia é Brasil e tudo que se faz contra ela atinge todos os brasileiros.
O que me causa angústia é a apatia, quase criminosa, dos brasileiros do resto do país com relação aos acontecimentos que vem se desenvolvendo na Amazônia, poucas e honrosas vozes se levantam em sua defesa.
São 100.000 ONGS na Amazônia e as forças armadas brasileiras possuem lá um contingente de menos de 30.000 soldados. Caso cada ONG possua um mínimo de 4 homens, serão 400.000 contra 30.000, isto sem levar em consideração que essas organizações tem muito mais acesso a financiamento do que as 3 forças em conjunto, cujos recursos são limitados pelo orçamento do nosso país.
Não precisaremos de soldados, a invasão é de ideias e pelo que leio na grande imprensa, nos comentários e artigos de vários sites, a maioria dos brasileiros já foi convencida pela ideia de que somos criminosos e precisamos ser detidos – ninguém levantará um dedo ou fará um protesto para nos defender quando ocorrer a internacionalização (promovida por meia dúzia de países ricos), inclusive, já existe todo um planejamento internacional para a Amazônia, isto fica bem claro no site do greenpeace:
– “A proteção da floresta e a busca por soluções para o desenvolvimento da região é uma prioridade global do Greenpeace. Estamos trabalhando por um novo modelo de desenvolvimento para a Amazônia que combine responsabilidade social e proteção ambiental, permitindo a exploração dos recursos da floresta de maneira racional e assim garantindo qualidade de vida para os habitantes da região.”
Creio que agora é um momento excelente para trazer de volta as denúncias que fiz em 2009. Os ataques dos ambientalistas estrangeiros e dos colaboracionistas contra o Brasil, principalmente contra a Amazônia, se avolumam. O sonho colonialista europeu não morreu. No próximo ano a União Europeia será dirigida pelo presidente Macron, talvez o maior inimigo do Brasil.
O que está em jogo hoje é a soberania do Brasil e da Amazônia. Fica aqui uma pergunta aos leitores diante do fato de que se o Agro brasileiro não seguir as regras estabelecidas pelo IPCC da ONU os países da UE deixarão de importar a nossa produção, tal atitude não é um ataque direto à nossa soberania?