
Marcos Paccola responde por homicídio qualificado do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, de 41 anos, em julho deste ano.
Da Redação
A Câmara de Cuiabá aprovou a cassação do mandato do vereador Marcos Paccola (Republicanos), investigado pela morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, de 41 anos, em julho deste ano. A cassação foi aprovada em sessão extraordinária feita nessa quarta-feira (5).
Paccola responde por homicídio qualificado na Justiça de Mato Grosso. Treze vereadores votaram a favor da cassação e cinco foram contra. Houve três abstenções e quatro ausências. Veja como foi:
Votaram a favor:
- Adevair Cabral (PTB)
- Cezinha Nascimento (União)
- Chico 2000 (PL)
- Licinio Junior (PSD)
- Ricardo Saad (PSDB)
- Edna Sampaio (PT)
- Juca do Guaraná (MDB)
- Lilo Pinheiro (PDT)
- Marcus Brito (PV)
- Mário Nadaf (PV)
- Rodrigo Arruda (Cidadania)
- Sargento Vidal (MDB)
- Wilson Kero Kero (Podemos)
Votaram contra:
- Demilson Nogueira (PP)
- Paulo Peixe (Republicanos)
- Renato Motta (Podemos)
- Sargento Joelson (PSB)
- Marcos Paccola (Republicanos)
Abstenções:
- Luiz Fernando (Republicanos)
- Felipe Corrêa (Cidadania)
- Michelly Alencar (União)
Ausências:
- Dídimo Vovô (PSB)
- Marcrean Santos (PP)
- Paulo Henrique (PV)
Paccola usou a Tribuna da Câmara para se defender, falou à família do agente que não estava satisfeito com o incidente e pediu, ainda, aos colegas vereadores, ‘benevolência’ no julgamento do processo de cassação. O parlamentar chegou a chorar no início da sessão.
Antes de ser vereador, Marcos Paccola era tenente-coronel da Polícia Militar.
O crime
Imagens de câmaras de segurança mostram, no dia 1º de julho, o momento em que Paccola aparece na esquinade um estabelecimento e atira em Alexandre, que estava com a namorada perto do carro. Na época, o vereador alegou que havia sido informado que o agente estava armado e ameaçando a namorada.
Paccola foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado, já que impossibilitou a defesa da vítima.
O MPE entendeu, conforme as imagens e depoimentos das testemunhas, que em nenhum momento houve agressão ou ofensa por parte da vítima a ninguém. Alexandre também não teria apontado a arma para ninguém e foi baleado de costas pelo vereador.
A promotoria ainda pediu em medida cautelar a cassação do porte de arma do então vereador.