
Comportamento científico
A ciência está em dívida com a humanidade.
Por Gil Reis, consultor em agronegócio
A ciência está em dívida com a humanidade
Apenas exercendo o sagrado direito de livre pensar e raciocinando bastante usando como fontes a história pregressa do nosso planeta e as teses climáticas desenvolvidas por um grupo grande de cientistas, onde o ser humano está causando as alterações no clima, cheguei à triste conclusão que há algo muito errado. A teoria de que somos os culpados do desequilíbrio planetário é uma ideia muito sedutora que ensejou uma nova arma para a dominação e controle das nações mais ricas sobre as mais pobres.
Para abraçar a proposta intelectual que somos responsáveis pelas alterações climáticas é preciso desconhecer ou esquecer (proposital ou inconsciente) toda a história do nosso planeta na qual fenômenos naturais que deram origem a enormes tragédias que vitimaram no passado parte da humanidade. Vou deixar de citar os fenômenos naturais que ensejaram grandes tragédias ocorridos nos séculos IXX e XX porquanto somente serviria para que os que nos acusam apontassem os dedos e dissessem – viram como temos razão? Prefiro ir mais longe no tempo e lembrar quais os fenômenos naturais ocorridos antes que os seres humanos pudessem ser acusados de interferir no clima.
Não é preciso maiores aprofundamentos no estudo da história do planeta. A própria mídia ocidental, talvez por um laivo de consciência, volta e meia publica matérias que trazem de volta catástrofes que vitimaram nossos ancestrais, como é o caso do UOL:
“Castigo de Deus? Cidade ‘imoral’ de piratas sumiu do mapa após terremoto. – Felipe na Deursen, UOL 28/08/2022. Na manhã de 7 de junho de 1692, a terra tremeu. Segundo o relato do reitor Heath, o chão se abriu e engoliu pessoas e casas. O céu ficou vermelho, gêiseres cuspiam água violentamente. O mar virou uma enorme muralha que navegava com fúria em direção ao porto. “No espaço de três minutos, Port Royal, a cidade mais bela de todas as plantations inglesas, o melhor mercado desta parte do mundo, excedendo em suas riquezas e abundante em todas as coisas boas, foi sacudida e despedaçada”, escreveu Heath. O terremoto, que teria sido de 7,5 na escala Richter, provocou um tsunami. Dezenas de milhares de pessoas morreram na catástrofe”
“Como foi o terremoto que destruiu Lisboa em 1755? Museu simula a tragédia – Natália Eiras, UOL 12/09/2022. Era dia 1 de novembro de 1755. Lisboa, uma cidade profundamente católica, celebrava uma de suas datas mais importantes, o Dia de Todos os Santos. Na época, quando a Inquisição portuguesa ainda era muito importante, as igrejas eram esplendorosas:
Por volta das 9h30, a cidade tremeu e, depois, ardeu. E, desde então, Lisboa nunca mais foi a mesma.’ Era um ruído estranho e assustador embaixo da terra, como o estrondo distante e oco de um trovão’. Foi como o reverendo Charles Davy, um dos sobreviventes do terremoto de Lisboa, descreveu o sismo que atingiu a cidade por volta de sete minutos.
Na época, a sismologia estava longe de ser uma ciência como a conhecemos hoje em dia, mas estima-se que o abalo foi de 7 ou 8 na Escala Richter. A título de comparação, o terremoto de Fukushima, de 2011, foi de grau 9,1. Quando o sismo cessou, os incêndios começaram. ‘Na Europa do século 18, o fogo era a principal fonte de energia. Assim, havia, em toda casa, um deles a arder’, pontua André Canhoto Costa. Roupas, joias, móveis deram combustível necessário para que focos de incêndio começassem a surgir pela paisagem.”
Ao longo de vários artigos tenho mostrado outras catástrofes ocorridas em passado distante na esperança de fazer o leitor raciocinar e eliminar do peito a culpa que tentam imputar a nós, pobres e meros mortais, que ‘mal e porcamente’ conseguimos controlar as nossas próprias vida, isto é quando conseguimos.
Creio que é muito fácil de entender os integrantes da corrente científica que comanda a tese da culpabilidade humana diante da bilionária campanha promovida através da grande mídia ocidental, mesmo com tantas teses contrárias e desmentidos que jamais são divulgados por ela. Afinal os patrocínios da mídia e dos cientistas climáticos alcançam enormes cifras. As tentações (plural de tentação. O mesmo que: assaltos, atrações, desejos, impulsos, incitações, provocações, pruridos, seduções – Dicio, Dicionário Online de Português) não são fáceis de resistir. A ciência hoje se tornou um instrumento do neocolonialismo.
Para quem acompanha os fatos do dia a dia as atitudes dos cientistas que comandam as campanhas do ambientalismo extremado são vergonhosas. Até mesmo correndo o risco de desagradar a muitos me atrevo a dizer que a ciência está em dívida com a humanidade em razão do comportamento de alguns cientistas que chega às raias do dolo – Dolo: Procedimento fraudulento por parte de alguém em relação a outrem; fraude, velhacaria. Em direito civil, manobra ou artifício que se inspira em má-fé e leva alguém a induzir outrem à prática de um ato com prejuízo para este, já no direito penal, a deliberação de violar a lei, por ação ou omissão, com pleno conhecimento da criminalidade do que se está fazendo – Oxford Languages.
*Consultor em Agronegócio