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O medo como arma

O medo como arma
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Os terroristas do clima pretendem nos mudar usando o medo.

Por Gil Reis*

O medo é uma das armas mais terríveis e para prosseguirmos no assunto é melhor defini-lo. “Medo é um estado emocional que surge em resposta a consciência perante uma situação de eventual perigo. A ideia de que algo ou alguma coisa possa ameaçar a segurança ou a vida de alguém, faz com que o cérebro ative, involuntariamente, uma série de compostos químicos que provocam reações que caracterizam o medo” – Significados. Esta é a arma que os ‘ambientivistas’ que promovem o ambientalismo importado usam contra a humanidade para provocar um ‘salto involutivo’.

O site SPIKED publicou, em 3/8/2023, o artigo “A agenda verde é alimentada pelo medo”, assinado por Laura Dodsworth, escritora, fotógrafa e cineasta, que nos dá uma visão ampla das providências implementadas pelo Reino Unido em relação à pandemia e sobre a chamada emergência climática, que tem sido seguidas por alguns outros países. Transcrevo trechos.

“O medo foi a arma escolhida pelo governo do Reino Unido quando se tratava de combater a Covid. Ao longo da pandemia, táticas de medo foram usadas para nos manter em casa e socialmente distantes dos outros. A Covid agora perdeu seu ferrão, mas o medo está mais uma vez sendo implantado para tentar mudar nosso comportamento. Só que desta vez, nos dizem que é para salvar o planeta.

Não acredite apenas na minha palavra. Em meu livro, A State of Fear, entrevistei um consultor do Independent Scientific Pandemic Insights Group on Behaviors (SPI-B). Quando perguntei a ele sobre como o SPI-B planejava reduzir o medo da Covid e seguir em direção à normalidade após a pandemia, ele respondeu: ‘Há uma crise climática chegando e isso terá que ser resolvido. A maneira como nos adaptamos ao vírus foi bastante benéfica em termos de padrões de trabalho e redução de carbono – todas as coisas pelas quais teremos que passar para nos ajustarmos ao novo futuro.’

Isso foi realmente arrepiante de ouvir. Ele não poderia ter sido mais explícito ao dizer que queria que as técnicas comportamentais implantadas durante a Covid fossem reimplantadas para as mudanças climáticas. O objetivo é levar-nos a um ‘novo futuro’ de comportamentos supostamente amigos do ambiente e sustentáveis. O que isso realmente significa é viajar menos, consumir menos e levar um estilo de vida mais austero.

Agora que a pandemia é uma memória distante, é inevitável espalhar o medo sobre a chamada emergência climática. Basta olhar para o pânico sobre as ondas de calor do verão que foi divulgado pela mídia. O clima quente em julho foi tratado como um cenário de fim do mundo, com temperaturas acima da média na Europa retratadas como algo saído de um filme-catástrofe. A ONU chegou a declarar que estamos entrando na ‘era da ebulição global ‘. E caso você precise soletrar, o New York Times nos disse no mês passado que ‘O calor é o novo Covid’.

No entanto, nem todos são persuadidos pelo constante aumento da retórica do medo. Muitos de nós nos lembramos de previsões passadas de armagedom ambiental que não aconteceram. Disseram-nos que o clima siberiano atingiria o Reino Unido em 2020 e que o Ártico estaria sem gelo em 2015. Você não precisa ser especialmente observador para perceber que o Reino Unido permanece descongelado e o Ártico ainda tem muito gelo. E enquanto nossos líderes mundiais afirmam que os ‘incêndios florestais devastadores’ na Grécia são devidos à mudança climática, é fácil encontrar reportagens mostrando que as autoridades locais suspeitam que os incendiários sejam realmente os culpados.

Veja o trabalho da Equipe de Insights Comportamentais, também conhecida como Nudge Unit, que pertence ao Cabinet Office do Reino Unido. Em 2021, juntou-se à Sky para usar ‘o poder da TV’ para nos estimular a descarbonizar nosso estilo de vida. Desde então, a Sky não apenas adotou um forte viés editorial em relação ao alarmismo climático em sua cobertura de notícias, mas também promove comportamentos verdes sub-repticiamente em seus ‘documentários, faça você mesmo, viagens e programas de culinária’.

Nem mesmo as novelas estão a salvo de cutucadas climáticas. Em outubro de 2022, os icônicos créditos finais de EastEnders foram adaptados para mostrar como seria Londres se o nível do mar subisse dois metros, a fim de promover o episódio final do documentário Frozen Planet II da BBC. Não importa que um aumento de dois metros no nível do mar seja quase o dobro do cenário mais extremo projetado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.

As crianças também estão sendo alvo de nudgers climáticos. No Dia da Terra em 2022, um novo GCSE de História Natural foi anunciado no Reino Unido, que se concentraria em ‘ salvar o planeta ‘. Antes disso, na conferência do clima COP26 em 2021, Nadhim Zahawi, o então secretário de educação, declarou que a educação é uma das ‘armas principais na luta contra as mudanças climáticas’. O que Zahawi estava descrevendo aqui não era educação, capacitando futuros cidadãos a pensar por si mesmos, mas doutrinação, projetada para levar os jovens a novos estilos de vida aprovados pelo estado.

Se você ainda não está convencido de que estamos nos aproximando de um apocalipse climático, nossas elites verdes tentarão fazer com que você guarde esse ceticismo para si mesmo. Assim como durante a pandemia de Covid, quem duvidar do Net Zero ou de afirmações alarmistas sobre o clima será acusado de espalhar ‘desinformação’. Da mesma forma que os céticos do bloqueio foram rotulados de ‘negadores da Covid’, a frase ‘negador do clima’ é rotineiramente usada para encerrar a discussão. O objetivo é fazer você associar o ceticismo em relação à agenda verde com a negação do Holocausto.

Ainda assim, não precisamos nos desesperar. Um grande número está se recusando a se deixar intimidar por esse clima de medo. Agricultores em toda a Europa estão se levantando contra as políticas verdes que ameaçam seus meios de subsistência. E os eleitores no Reino Unido estão se rebelando contra os impostos ecológicos que tornariam a direção um pesadelo. Os nudgers podem pensar que o futuro já foi decidido e que é apenas uma questão de nos manipular para aceitá-lo. Mas o público tem outras ideias”.

Poucas vezes um jornalista teve a coragem de denunciar um país como o fez Laura Dodsworth. Ela vai fundo no assunto e traz à luz do dia o comportamento que poderíamos denominar de ‘criminoso’, demonstrando a incompetência de certos governantes da maioria dos países em orientar as suas populações sobre temas importantes do dia a dia. O comportamento adotado pelos países do chamado mundo ocidental os tem levado a uma crise econômica sem precedentes.

Afinal quem se beneficiará com a derrocada da civilização humana promovendo uma “quimera” que não foi comprovada cientificamente. O que há na realidade são as alterações climática que sempre ocorreram, aproveitando-se da pouca memória dos seres humanos. Talvez devamos seguir o conselho da laureada escritora de livros policiais Agatha Christie que diz em uma de suas obras para descobrir o autor e os motivos do crime – siga o dinheiro.

“O medo é o assassino da mente. O medo é a pequena morte que leva à aniquilação total. Enfrentarei meu medo. Permitirei que passe por cima e através de mim. E, quando tiver passado, voltarei o olho interior para ver seu rastro. Onde o medo não estiver mais, nada haverá. Somente eu restarei.”- Frank Herbert a obra ‘Duna’.

*Consultor em Agronegócio

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